terça-feira, 13 de julho de 2010

Brasil: Uma democracia racial?


O mito a cerca da democracia racial no Brasil foi criado há 122 anos com a assinatura da lei Áurea pela princesa Isabel. A pseudo liberdade dos afro-descendentes não passa de uma forma de mascarar o preconceito vigente em nosso país.

O país ainda vive essa mentira de que somos todos iguais perante a lei, destarte pacere esquecer dos dados apresentados pelo IBGE comprovando que apesar de sermos a república com maior populaçãp negra fora do continente africano, convivemos com a desigualdade racial frente a oportunidades de estudo, emprego e condição sócio-econômica. Um certo dia eu assistia o Jornal Nacional onde William Bonner, o mesmo que falou que fazia jornal para Homer Simpson, disse que o nosso país não é racista e que o problema dos negros é a falta de escolaridade. Como se isso justificasse o estado calamitoso em que nos encontramos.

A idéia de que a epiderme não constitui um fator decisivo nas relações de poder na sociedade brasileira chega a ser uma anedota. Uma pesquisa do IBGE(2008) mostrou que quando ocupam cargos em empregos não qualificado(menos de 1 ano de estudo) os negros recebem cerca de 12% a menos que os brancos e quando falamos das pessoas que possuem 11 ou mais anos de estudo esse número sobe para 48% aproximadamente. Continuaremos falando que o preconceito não existe?

A postura do Governo Federal com a implantação de políticas afirmativas a exemplo das cotas e da Lei 10.639(Lei que torna obrogatório o ensino da cultura e história afro-brasileira nos currículos escolares) visa valorizar os verdadeiros responssáveis pelo progresso do país. As medidas ainda que polêmicas constituem uma condição "sine qua non" para equidade das raças e garantia de direitos que foram ao longo dos anos afanados pela "elite branca".

Fazendo uma análise do quadro social do Brasil ainda não podemos afirmar que há equiparação de direitos entre negros, índios, brancos e mestiços, pois o preconceito aqui existente é difícil de ser rompido, uma vez que não o admitimos. A demagogia da idéia de democracia existente contribui cada vez mais para insular o afro-brasileiro dos seus direitos.

Me parece que a única forma de sanarmos esse problema é constatar que ele existe e lutarmos para romper com certos dogmas que não são mais aceitáveis na sociedade brasileira.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Procura-se!!!

Peço licença para escrever um texto mais poético, emotivo e conativo que os posts anteriores devido ao bombardeio de sentimento de revolta que me atingiu recentemente. Dedico esse texto ao meu grande amigo Luiz Paulo Colombiano que perdeu o seu pai da forma mais injusta possível, morto por pessoas que não admitem seriedade na política e que fomentam um cenário de corrupção, cada vez mais, tido como algo “normal”.


Procura-se...

Procura-se um país em que o justo não seja a exceção e sim a regra.

Procura-se um país onde ser uma pessoa com princípios não seja motivo de piada e sim exemplo.

Procura-se um país onde o povo possa lutar pelos seus direitos sem medo e sim com garra.

Procura-se um país onde não aceitemos a corrupção e sim a fiscalização.

Procura-se a pátria que me pariu, chamada Brasil, com um sentimento bom e não vil.


Infelizmente nos deparamos, dia após dia, com um país em que se torna cada vez mais difícil a prática de um comportamento moral na sociedade. Ser uma pessoa de princípios e com caráter pode significar uma exclusão do sistema ou em caso extremos pode imputar riscos a nossa vida. Um político que não pratica a corrupção não acha condições de se candidatar. Alguém que se recusa a contribuir com o CPF (comissão por fora) ,quando pego em blitz, sofrem sanções por aqueles que deveriam nos proteger. O funcionário público que trabalha corretamente sofre sanções daqueles que acham que o setor público é a casa de “Mãe Chica” e comissão de ética chega a ser quase um pré-atestado de óbito.


Será que não enxergamos no que estamos transformando nossa sociedade? Somos tão burros de não perceber que isso só nos leva ao famoso “estado de guerra”? Quando vamos mudar os valores de nossa sociedade? Não adianta saber o que é o melhor, mas é preciso fazer o melhor!


Vamos mudar enquanto ainda há tempo, afinal amanhã pode ser tarde demais!