quarta-feira, 6 de abril de 2011

Até onde vai a imunidade parlamentar???


Charge de Clayton - O Povo (CE)

Estava meio sem tempo ultimamente, mas resolvi, depois de muito comentar no twitter, fazer um texto sobre a imunidade parlamentar que os deputados têm ao exercer a sua “OPNIÃO” (obs: esqueci o termo técnico para isso srsrs) .


Lamentavelmente a sociedade brasileira encontra-se cada vez mais inerte e cúmplice de atitudes como a do Bolsonaro, que nada mais é que uma caricatura de muitos parlamentares brasileiros. O verdadeiro problema, no meu ponto de vista, não está na atitude desse representante, mas na atitude de toda a sociedade ao ter conhecimento desse ato fascista.


Infelizmente o debate é muito mais complexo do que analisar um ato isolado de um deputado. Não podemos cair também em uma generalização absoluta e transformar o parlamento em um local ortodóxico de mera interpretação de leis.


Acredito que nos espaços destinados a debate de opinião sobre determinado tema, a fim de se chegar a uma resolução parlamentar, os deputados podem e devem ter essa liberdade, destarte nos casos em que a atitude tomada represente uma postura fascista frente ao uso indiscriminado desse direito ele possa responder às demandas de punição exigidas pela sociedade.


Até quando ficaremos refém daqueles que deveriam nos representar? No momento em que vivemos em uma República Democrática vale mais o que fora elaborado por um jurisconsulto pretérito e tem força de lei ou o nosso poder de ação social, prática e direta do poder do povo? Devemos repensar nossas posturas para cobrarmos uma sociedade onde a DEMOCRACIA DIRETA seja uma realidade concreta e não apenas um sonho idealista.


Acredito que para que seja possível realizar as mudanças necessárias no “status quo” de nossa sociedade devemos ter em mente a necessidade do equilíbrio entre o idealismo (sonho do mundo perfeito) e o realismo (contentamento com o mundo possível), mas nunca podemos deixar de lutar por mudanças. Devemos ter em mente que as grandes transformações sociais sempre tiveram como "condicion sine qua non" a luta de classes contra a opressão das leis cogentes.

Um comentário:

Soraya Mendonça Marques disse...

Marcos, gostei muito do seu blog e gostaria muito de ter algumas postagens suas no meu site www.pedagogiaaopedaletra.com.
Os créditos serão todos seus e um link direto para a matéria do seu blog.
Se tiver interesse, mande-me um e-mail autorizando. soraya.mm@gmail.com
Desde já obrigada.

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